Esclerose Múltipla
A EM é uma doença de caráter geralmente progressivo, na qual a inflamação e desmielinização da substância branca do sistema nervoso central resulta em vários sinais e sintomas neurológicos. Após 10 anos do início dos sintomas, 50% dos pacientes poderão estar inaptos para fazer atividades profissionais e mesmo as domésticas.
Embora sem cura no momento, os tratamentos oferecidos buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do indivíduo.
Há medicamentos que visam reduzir a atividade inflamatória e a agressão à mielina, com diminuição dos surtos, em intensidade e freqüência, contribuindo assim na redução do ganho de incapacidade ao longo dos anos. São as abordagens denominadas modificadoras da evolução da doença, os imunomoduladores.
O emprego de imunosupressores também tem ocupado lugar de relevo no tratamento da EM. Entre eles destacam-se a azatioprina, a ciclosfosfamida, o mitoxantrone, o methotrexate e a ciclosporina.
A prednisona ou outros corticóides podem ser empregados por via oral. Com resultados razoavelmente bons, temos a pulsoterapia venosa pela metilprednisolona.
A partir da década de 90, os interferons juntamente com o acetato de glatiramer, passaram a ser utilizados no tratamento da EM para reduzir os surtos e estabilizar a doença.
Novas Medicações
Anticorpos monoclonais:
Atualmente, muitas substâncias vêm sendo testadas para esclerose múltipla, estudos multicêntricos, pelo mundo, fases finais de estudo; rituximab, alemtazumab, daclizumab.
No mercado já esta disponível o natalizumabe (tysabri), a primeira produzida especificamente para esclerose múltipla, com indicação para doença grave, de evolução rápida, refratária a outras terapêuticas. Age na atividade inflamatória, reduzindo surtos e as incapacitações.